terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Castelo Rodrigo




A quarta paragem ocorreu em Castelo Rodrigo, lugar que dará origem a Figueira de Castelo Rodrigo, situada na planície.
Castelo Rodrigo situa-se a 810 m de altitude, num cabeço fortificado e as suas muralhas envolvem a aldeia histórica, domina a planície sobranceira ao convento de St.ª Maria de Aguiar, da ordem de Cister fundado em 1170 e à vila de Figueira de Castelo Rodrigo que assumiu a posição de sede de concelho a 25 de Junho de 1836, substituindo o velho burgo de Castelo Rodrigo. Confronta a Oeste, com a Serra da Marofa e a Serra da Vieira.
O primitivo castelo remonta ao séc. XI e em 1209, recebe carta de foral por D. Afonso IX de Leão. Em 1296, D. Dinis ordena a reedificação da fortaleza e muralha. Oficialmente e por via do Tratado de Alcanises, passa a integrar o território português, em 1297, integrada nas chamadas terras de Riba-Côa.
Durante a crise de 1383-85, na sequência do facto do alcaide-mor ter jurado fidelidade a D. Beatriz e ter recusado a entrada do Mestre de Avis, resultou a imposição do escudo nacional invertido no brasão da vila.
Em 1590, durante o domínio espanhol, D. Filipe I eleva a Vila a condado e nomeia para o título D. Cristóvão de Moura que, no lugar da antiga alcáçova, manda erigir um palácio residencial. Em 1640, com a restauração da independência, este palácio é incendiado por iniciativa popular, podendo-se hoje visitar as ruínas pelo preço de 1€, não havendo qualquer reconstituição que nos dê ideia de como seria.
Em 1664, dá-se o cerco da Vila pelo exército espanhol comandado pelo Duque de Ossuna, vencido na Batalha da Salgadela e em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos, Castelo Rodrigo é ocupada pelas tropas espanholas do Marquês de Soria.
O recinto muralhado é de traçado irregular ovalado e possui três Portas (Sol, Alverca e Traição).
Em frente à porta de acesso às ruínas do palácio, fica uma casa de artesanato (Sabores do Castelo) onde é possível comprar um doce de abóbora com amêndoas de comer e chorar por mais, sobretudo se servir de acompanhamento a um bom requeijão.

7 comentários:

Teresa David disse...

é curioso pois quando vi o título deste post lembrei-me de Ciudad Rodrigo, que visitei inúmeras vezes no regresso de Salamanca a caminho de Portugal, que é uma vila mediaval deliciosa, com uma praça e castelo lindos.
O chato é que este que é no meu País não conheço, mas fico com o apontamento para quando fôr oportuno ir visitar.
Bjs
TD

Maria disse...

Doce de abóbora com requeijão... huuuummmmm...., que bom!
Bonita reportagem das tuas mini férias.

Anónimo disse...

Agora que tem esse doce tao bom, passe por Fornos e compre ai o requeijao!

So estou a brincar.

Bela descricao.

ManuelNeves disse...

Viva!

Caro ToZé

O doce de abobora com amendoas ainda vai, agora o requeijão é que infelizmente é incompatível comigo. Tenho pena porque deve ser uma delicia, paciência.

Obrigado pelas palavras simpáticas que sempre deixa no Populus. Um texto algo pobre, em que tive alguma dificuldade para o "desenhar", confesso. O Natal é um tema para mim dificil de abordar, sinto-me sempre no meio de qualquer coisa que quero e de qualquer coisa que não quero.

Contudo, não quero deixar de lhe agradecer os votos de um Bom Natal, retribuindo de igual maneira para toda a familia e, se me permite, em especial para o seu pai de quem bem guardo na minha memória ( e no imaginário) de criança a sua figura e as viagens que aqui e ali fizemos.

Um grande e fraterno Abraço
CésarGonçalves

luís antero disse...

caro amigo, por aqui passo poucas vezes, mas sempre q cá venho me comovo. bonita região esta. andei por lá em 2004 e fiquei deslumbrado com tamanha beleza. lembro-me de passar em locais em que fiquei na dúvida se era alí q acabava ou começava o mundo, ou pelo menos o nosso...
abraço grande e boas festas

luís antero disse...

obrigado pelo abraço deixado no populus romanus para a malta de alvoco. a gente agradece.

Anónimo disse...

No passeio que realizei nas férias de Natal, em 2004, estive em Trancoso, Foz Côa, Pinhel, Trancoso...
Agora estou a reviver esse passeio. Lembro-me de no dia 31 desse ano ter comido uma posta à Mirandesa, no famoso "Lagar", e de noite estar ainda com a posta "dentro" de mim...e sem apetite para os petiscos da passagem de ano.